quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Top de Dezembro de 2012


Amor, talvez sem grandes surpresas, é o filme com a melhor classificação do mês de Dezembro (8,70 em 10) e também do ano, superando Tabu (8,63). A Vida de Pi ocupa a segunda posição, mas com uma nota média de 7,43. Segue-se Entre Irmãs, no terceiro lugar, com 7,20. Como nota: Holy Motors ocupa a quarta posição da tabela, mas não deixa de ser um dos filmes mais polémicos dentre todos os já votados pelo CCOP, liderando como o filme com a maior desvio médio entre votações (± 2,8).

A reposição nos cinemas portuguesas de Vertigo - A Mulher Que Viveu Duas Vezes, de Alfred Hitchcock, pela Midas Filmes, torna-o não elegível para efeitos de top, mas recebeu uma média honrada de 9,13. Dentre todos os filmes já votados pelo grupo de críticos, esta é a quarta maior nota para um filme, apenas abaixo de Annie Hall, de Woody Allen (média de 9,64); Taxi Driver, de Martin Scorsese (com média de 9,30) e Alien, de Ridley Scott (com média de 9,27).

Top de Dezembro de 2012
  1.  Amour, de Michael Haneke | 8,70
  2.  A Vida de Pi, de Ang Lee | 7,43
  3.  Entre Irmãs, de Lynn Shelton | 7,20
  4.  Holy Motors, de Leos Carax | 7,17
  5.  O Hobbit: Uma Viagem Inesperada, de Peter Jackson | 6,60
  6.  Anna Karenina, de Joe Wright | 6,56
  7.  Também a Chuva, de Icíar Bollaín | 6,50
  8.  Pela Estrada Fora, de Walter Salles | 6,00
  9.  The Paperboy - Um Rapaz do Sul, de Lee Daniels | 5,80
10.  Hotel Transilvânia, de Genndy Tartakovsky | 5,75
11.  Jack Reacher, de Christopher McQuarrie | 5,00

Filmes inelegíveis ou abaixo da amostragem de 20%
 Vertigo - A Mulher Que Viveu Duas Vezes, de Alfred Hitchcock | 9,13
 Paraíso a Oeste, de Costa-Gavras | 6,00
 O Chef, de Daniel Cohen | 5,00
 Amanhecer Violento, de Dan Bradley | 3,00
 Sininho e o Segredo das Fadas, de Ryan Rowe e Tom Rogers | -
 Sammy 2, de Ben Stassen | -
 O Meu Pior Pesadelo, de Anne Fontaine | -

Filme mais popular (maior amostragem)
-  Amour, de Michael Haneke (83%)
 O Hobbit: Uma Viagem Inesperada, de Peter Jackson (83%)

Filme mais controverso (maior diferença entre a nota máxima e a nota mínima)
 Holy Motors, de Leos Carax (9 pontos)

Pior Filme (Menor nota média em filmes com amostragem superior a 20%)
 Jack Reacher, de Christopher McQuarrie | 5,00
 Hotel Transilvânia, de Genndy Tartakovsky | 5,75
 The Paperboy - Um Rapaz do Sul, de Lee Daniels | 5,80

Filme com a maior nota individual (filmes com amostragem superior a 20%)
-  Amour, de Michael Haneke (Nota 10: duas ocorrências)

Filme com a menor nota individual (filmes com amostragem superior a 20%)
 Holy Motors, de Leos Carax (Nota 0: uma ocorrência)

Filme mais polémico (maior desvio médio)
 Holy Motors, de Leos Carax (± 2,8)


(Posição actual [Posição anterior])
  1. [-]   Amour, de Michael Haneke | 8,70
  2. [1]  Tabu, de Miguel Gomes | 8,63
  3. [2]  Moonrise Kingdom, de Wes Anderson | 8,56
  4. [3]  Temos de Falar Sobre Kevin, de Lynne Ramsay | 8,55
  5. [4]  A Invenção de Hugo, de Martin Scorsese | 8,38
  6. [5]  O Gebo e a Sombra, de Manoel de Oliveira | 8,33
  6. [5]  Argo, de Ben Affleck | 8,33
  8. [7]  Vergonha, de Steve McQueen | 8,31
  9. [8]  Oslo, 31 de Agosto; de Joachim Trier | 8,14
  9. [8]  As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky | 8,14

5 comentários:

  1. Quem é que costuma abrir o jornal para contar as estrelas e ler o Jorge Mourinha?

    http://ocriticodoscriticos.blogspot.pt/

    Estamos a chegar.

    O Crítico dos Críticos

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  2. Não é nada de espantar o "Amour" estar tão bem pontuado pois é um magnifico filme e até eu lhe dou 9/10 (raras vezes chego a dar 9 e este teve-a de imediato)
    Do top total de 2012, não vi apenas dois filmes (6 e 9 - Oslo) e não concordo com a posição tão elevada de alguns que aí estão (3 e 4) mas obviamente que todos nós temos opiniões distintas (e isso até que é bom). Tenho pena de um dos filmes que durante alguns meses figurou no vosso top não ter vingado até à votação final (o Wuthering Heights).
    Mas ok...

    De salientar, que o vosso processo de apuramento dos melhores do ano, ao longo do ano, é terrivelmente bom e exemplar.
    Parabéns à (?) equipa toda e sobretudo incansável ao Tiago Ramos.

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  3. Ora bem... uma das inovações que sugiro para 2013 é em cada top mensal (ou pelo menos no top anual - o que já poderia ser obtido em relação a 2012), colocarem as votações de cada membro por cada filme (ou os filmes do topo). Assim tipo uma tabela como é comum em todo o lado. Acho que ajudaria ainda mais à transparência, que tem sido exemplar com esta iniciativa do CCOP.
    Penso que a minha ideia/sugestão não sera assim tão descabida...

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    1. Até percebo a ideia, mas desde a criação do CCOP a ideia sempre foi mantermos uma visão colectiva e nunca individual. Mesmo percebendo o interesse potencial de revelar as votações de cada um, não o faremos precisamente porque não queremos destacar um crítico por si próprio, mas sim um grupo. Não quero estimular a competitividade entre quem viu mais filmes, por exemplo, ou entre quem dá notas mais elevadas ou mais baixas. Não me parece justo. Aliás, mesmo sabendo que alguns dos membros não escrevem muitas críticas, há a oportunidade de seguindo os blogues individuais de cada membro, ficar a conhecer as suas classificações individuais. Seja dessa forma ou através de sites como MUBI.

      De qualquer modo, a sugestão pode ser aproveitada, quando fizermos tops com os melhores filmes de cada década, por exemplo... Obrigado pelas ideias.

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    2. Está Ok. Sim imagino que essa visão colectiva existe bem reflectida nos resultados finais.
      Sim alguns ainda encontro pelo MUBi ou pelo FilmAffinity (só vos falta o Letterboxd), sendo tu e o Ponte aqueles a quem nutro a mais próxima afinidade pelas classificações que dão.

      A minha observação resulta de uma certa curiosidade realmente em melhor perceber esse colectivo de forma mais "personalizada". Como está nem sempre vos percebo (casos do The Muppet intrigou-me durante longo tempo, isto porque não valorizo assim tanto a obra). E também porque acredito piamente que deveis ter votações que recorrentemente arrasam com algumas obras -boas, para mim- e falta-me os identificar. Mas OK, se não ainda podem cair na chacota que se faz por aí -injustificada- que bem se percebe dos críticos de imprensa (tipo jornais como o DN e sobretudo do Público)

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